Por Edmar Lyra – Por duas eleições tivemos o fim das coligações proporcionais, cuja estreia aconteceu em 2020 nas eleições municipais e se consolidou nas eleições de 2022, quando os partidos tiveram que se debruçar na montagem das chapas. A exceção foram as federações que puderam atuar como se fossem uma coligação. Como resultado, apenas dezesseis partidos atingiram a cláusula de barreira, incluindo aqueles que sozinhos não atingiram mas passaram por integrar federações.
Em Pernambuco tivemos uma redução substancial dos partidos representados para apenas treze legendas na Câmara Federal e na Alepe, apenas doze legendas estão representadas, incluindo as que integraram federações. Nas eleições de 2020, por exemplo, já houve uma redução substancial para apenas 14 legendas representadas, e este número tende a diminuir para 2024, quando menos partidos terão acesso a fundo partidário, fundo eleitoral e guia eleitoral.
O PSB por exemplo, que tem a maior bancada com doze vereadores, permanece sendo a legenda mais atrativa para 2024, porque contará com puxadores de voto e o voto de legenda do prefeito João Campos, que tentará a reeleição, mas se por um lado surge como favorito para conquistar o maior número de cadeiras, também deve ter um incremento em seu ponto de corte, que em 2020 ficou em 7.539 votos.
O PT também deve contar com uma grande atratividade, pois tem voto de legenda e voltou a comandar o país, além disso forma uma federação com PV e PCdoB, o que ajuda na pulverização de candidaturas. O PL também deve surgir com chances reais de aumentar sua bancada, podendo receber os vereadores Fred Ferreira, Felipe Alecrim e Ronaldo Lopes, eleitos pelo PSC. Outra legenda forte é o PP, que elegeu quatro vereadores em 2020 e possui expressivo fundo eleitoral. Daqui a um ano será aberta a janela partidária para filiação, até lá muitos vereadores farão inúmeras contas para decidir seu futuro partidário.