Por Edmar Lyra
A disputa para deputado estadual e deputado federal tem preocupado parlamentares oposicionistas com vistas a 2022, e consequentemente contribuído para que alguns deputados cogitem a hipótese de deixar as fileiras da oposição para se filiar a partidos da base governista, que terão maior poder de fogo na montagem das chapas.
Com o advento da coligação, as chapas que apoiaram oficialmente a candidatura de Armando Monteiro, principal adversário de Paulo Câmara em 2018, elegeram apenas sete deputados estaduais, foram eles: Alvaro Porto, Alessandra Vieira, Antônio Coelho, Gustavo Gouveia, Priscila Krause, Romero Sales Filho e William Brigido. Os demais partidos que montaram sua chapa, PSC e PRTB que também figuraram a coligação oposicionista, emplacaram juntos seis parlamentares, porém deste grupo que chegou a mais de 10 parlamentares, atualmente deverá ficar abaixo deste número devido a defeções que ocorrerão até abril.
Na disputa de federal, a oposição elegeu apenas oito deputados, foram eles: André Ferreira, Bispo Ossesio, Daniel Coelho, Fernando Filho, Fernando Rodolfo, Luciano Bivar, Ricardo Teobaldo e Silvio Costa Filho, sendo seis no chapão oficial e dois na chapinha alternativa. Assim como na disputa de estadual, são esperadas algumas defecções na bancada oposicionista federal, que também já almejam migrar para siglas governistas ou até mesmo levar seus próprios partidos para a Frente Popular.
Sem a chamada coligação, muitos integrantes oposicionistas não sabem o que fazer, pois o caminho natural será a ida de parlamentares para um único partido, e isso poderá significar para alguns a perda de capital político e eleitoral, pois alguns partidos ficarão sem representatividade em Pernambuco. Apesar de o fenômeno se repetir na base governista, será na oposição o efeito mais negativo, que pelas contas dos próprios parlamentares, deverá eleger a sua menor bancada da história recente tanto para a Alepe, com menos de dez parlamentares, quanto para a Câmara Federal, quando são esperados cinco deputados eleitos no partido oposicionista oficial.