Por Wellington Ribeiro – O posicionamento de silêncio adotado pela governadora eleita Raquel Lyra quanto a montagem do seu secretariado tem provocado um clima de ansiedade e apreensão entre aliados. Concorrendo no 1º turno com o apoio apenas do PSDB e Cidadania, um deputado federal, um deputado estadual, alem de um pequeno grupo de 8 prefeitos e um número reduzido de lideranças, Raquel Lyra viu este palanque ampliar de forma considerável no 2º turno com a adesão de várias siglas, 30 deputados e mais de 130 prefeitos, políticos que em grande parte esperam de forma direta ou indireta serem contemplados com espaços no Governo do Estado.
Priorizando neste primeiro momento o processo de transição com nomes exclusivamente técnicos, Raquel tem utilizado o tempo ao seu favor e com um silêncio ensurdecedor testa a paciência dos políticos. O certo até o momento é que ex-prefeita de Caruaru não abrirá mão de colocar em postos estratégicos quadros oriundos da época em que administrou a Capital do Forró e isto surge como uma grande ameaça à classe política que teme não apenas ser subrepresentada no 1º escalão, mas ter que engolir receber secretarias sem porteira fechada.