Por Igor Maciel/Cena Política/JCne10 – O crescimento de Marília Arraes (SD) em pesquisa, de 30% para 36% é atípico para um ambiente desejado pela campanha de Danilo Cabral (PSB) como o “melhor possível”, com Lula (PT) em Pernambuco e declarando seu apoio ao socialista. O próprio Danilo, ao invés de crescer, oscilou para baixo na margem de erro. Ao escolher Danilo, o PSB pode ter cometido o erro de acreditar que venceria com qualquer um.
O erro, caso Danilo siga sem reagir, terá sido o de enxergar nas pesquisas, o dado sobre o impacto do apoio de Lula, sem entender que somente uma declaração não faz do ungido um santo. É preciso ter uma vida pregressa exemplar para a santificação, mas a relação pregressa entre PSB e PT não ajuda e até uma declaração de Lula soa fraca. Ele diz que apoia Danilo e os petistas “entendem” que ele apoia Marília.
Ainda pode haver a máquina. É o que se diz sempre com os resultados de Danilo que não atingem o esperado. O uso das gestões do PSB para turbinar candidatos é possível. Mas, relembrando ensinamentos de Maquiavel, a imposição preferível é a do amor, seguida pela imposição do medo na busca do príncipe pela obediência e apoio.
O problema é que desde o dia 2 de julho comissionados não podem ser demitidos. Hoje, se não houver amor, tampouco haverá grande medo.
O ensinamento mais antigo que existe é o de “não colocar todos os ovos numa cesta só”. O PSB contou com uma cesta chamada Lula… e só?