Por Magno Martins – Muitos se surpreenderam com a atitude da deputada Marília Arraes em recusar o apelo do ex-presidente Lula e do PT para sair candidata ao Senado. Conheço Marília há muitos anos, seu perfil e sua personalidade. Tem brilho, talento, inteligência, coragem e caráter. Jamais iria aceitar ser chamada de chantagista para conseguir ser a candidata ao Senado.
Vale lembrar que em 2014, no auge da popularidade e do poder inquestionável do ex-governador e primo Eduardo Campos, Marília rompeu com o PSB para apoiar Dilma, uma decisão que contribuiu para confirmar seu perfil corajoso. Ela está se transformando na primeira grande líder mulher de Pernambuco.
E não é, diga-se de passagem, por ser da família de Miguel Arraes nem tampouco por usar o nome de guerra com o sobrenome do avô. Trata-se de uma conquista pelo trabalho coletivista que desenvolve. Sua presença é marcante, seja onde for. Logo no primeiro mandato de deputada federal, foi eleita para Mesa Diretora da Casa, apesar do boicote do PT.
Na verdade, ela já era para ter sido eleita a primeira mulher governadora de Pernambuco em 2018 se não tivesse sido traída pelo algoz Humberto Costa, junto com os seus comparsas do PSB. Novamente em 2020, o mesmo Humberto ficou, traiçoeiramente, com o PSB, num jogo sujo nunca visto em toda a história política de Pernambuco, para roubar de Marília a posição de primeira mulher prefeita da nossa capital.
Mas agora o fator Marília regressou com força para enfrentar o candidato de um Governo que faz muito mal a Pernambuco, que se esgotou e parece estar com os dias contados. A fadiga de material é tamanha que não está descartado um segundo turno entre os candidatos da oposição, ficando o coronel Danulo de fora.