Por Magno Martins – Independente dos resultados das quatro pesquisas de intenção de voto previstas para hoje, a eleição de segundo turno para governador de Pernambuco dependerá de dois fatores preponderantes para Marília Arraes, do Solidariedade, e Raquel Lyra, do PSDB: a tendência do eleitorado da Região Metropolitana e a prova dos nove da influência do ex-presidente Lula no Estado.
Recife e mais os 14 municípios da Região Metropolitana têm quase metade do eleitorado do Estado – pouco mais de três milhões de eleitores. O segundo maior colégio eleitoral é o Agreste, com 1,8 milhão de eleitores, seguido pela Zona da Mata, com 956 mil eleitores, enquanto Sertão e São Francisco somam mais 1,5 milhão de eleitores, totalizando 7 milhões de eleitores aptos a votar nas eleições do próximo domingo.
No primeiro turno, Raquel Lyra tem uma leve vantagem no Recife diante de Marília, mas por um fator inesperado, que não estava em nenhum indicador que media o sobe e desce nas pesquisas: a morte do seu marido no dia da eleição. Logo cedo, tão logo iniciada a votação no Estado, os veículos de comunicação passaram a dar amplo destaque à fatalidade, gerando, consequentemente, um clima de comoção.
Mas, segundo especialistas, essa fase de comoção, na qual o eleitor vota pela emoção e não pela razão, já passou. O que está em jogo agora são números. Lula, que parece ser um santo no Estado, tem capacidade de influenciar seu fã clube do Litoral ao Sertão? Se isso funcionar, principalmente na Região Metropolitana, Marília pode tirar a desvantagem que terá em outras regiões, conforme a leitura em cima das pesquisas anteriores.
Com Teresa, vingou – Por falar em Lula, nas redes sociais foi formada uma grande corrente, ontem, com a mensagem dele pedindo para votar em Marília Arraes. No primeiro turno, o petista foi responsável pela eleição da senadora Teresa Leitão (PT), que também se engajou nessa corrente, não estando em campanha ao lado da candidata do Solidariedade porque se submeteu a uma cirurgia no fêmur.