Opinião: Miguel Coelho abre discussão sobre partidos na disputa do Recife 

Por Edmar Lyra – O ex-prefeito de Petrolina e ex-candidato a governador pelo União Brasil, Miguel Coelho, concedeu uma entrevista que gerou muita repercussão no tocante à disputa do Recife em 2024. Uma delas foi sobre a possibilidade ou não de Miguel ser candidato a prefeito da capital pernambucana nas eleições do próximo ano, uma vez que ele já foi reeleito prefeito de Petrolina e seria vedado ele disputar novamente o cargo de prefeito, há quem diga que por ser em regiões distintas, ele poderia ser candidato, mas essa questão só seria dirimida com alguma consulta formal ao TSE.
O fato é que pelo menos quatro partidos terão papel determinante na construção de palanques para a sucessão de João Campos no próximo ano. O PSDB da governadora Raquel Lyra até o presente momento não sinalizou se terá candidato ou apoiará alguém que esteja no campo de forças da governadora, o PL é outra legenda importante que tem o maior tempo de televisão e possui dois nomes competitivos para a disputa, o deputado federal André Ferreira, mais votado do estado, e o ex-ministro Gilson Machado, que disputou o Senado e obteve uma expressiva votação na cidade.
O PP, por sua vez, afastou-se do prefeito João Campos e aproximou-se da governadora Raquel Lyra, e pode voltar a ter candidato a prefeito do Recife em 2024 após dezoito anos, uma vez que o partido lançou Pedro Corrêa em 1996. O possível nome é a deputada bolsonarista Clarissa Tércio, que foi a segunda mais votada do estado e tem avaliado disputar a eleição na capital caso tenha o aval da legenda.
Por fim, o União Brasil de Miguel Coelho recentemente aproximou-se de João Campos ocupando a secretaria de Desenvolvimento Econômico, e é aguardado no palanque de reeleição do prefeito. Apesar disso, o partido tem como presidente no Recife o deputado federal Mendonça Filho, que tem uma postura mais distante do PSB.
Esses quatro partidos possuem juntos mais de 220 deputados federais, e se convergirem numa única candidatura poderão garantir um projeto competitivo, mas ao que tudo indica eles repetirão a estratégia de 2020 e 2022, quando se fragmentaram em múltiplas candidaturas, na primeira deu errado, na segunda acabaram logrando êxito.