Por Magno Martins – Pelos números do Opinião, o adversário de Marília Arraes (Solidariedade) no segundo turno só é possível identificar quem tiver bola de cristal. Raquel, Miguel e Anderson viraram japoneses, ou seja, estão iguais numericamente. O desempate se dará amanhã, no dia da eleição. Ganha a parada quem tiver mais estrutura e volume de campanha.
Dos três, Raquel é a que, teoricamente, levaria mais desvantagem. Primeiro, porque não tem prefeitos, seu comando de campanha parece desconhecer os universos eleitorais além da fronteira de Caruaru. Anderson, por sua vez, tem mais eleitores evangélicos do que mesmo bolsonaristas, com estrutura precária fora da Região Metropolitana.
Miguel, além de partir fortemente do Sertão, montou estrutura de campanha em todas as regiões do Estado e tem no comando da sua logística política e operacional um profissional do ramo, talhado para essas ocasiões: o pai Fernando Bezerra Coelho, senador da República, grande vitorioso em eleições que pareciam impossíveis.
Mas para onde o vento vai soprar? Impossível fazer um palpite, mas pelo menos na Região Metropolitana, antes a área em que Miguel era mais frágil, ele ganhou muita aderência na reta final. Além disso, entre os três que brigam para chegar ao segundo turno, é o que tem maior número de prefeitos, exceto Danilo, que parece estar fora do jogo.
A solidez de Marília – Nunca Pernambuco havia assistido a uma eleição tão acirrada, com um detalhe: Marília largou na frente, sofreu duros ataques, principalmente do PSB, mas em nenhum momento deixou de ser a favorita. Chega amanhã numa condição privilegiada. Assistirá de camarote a briga entre seus três principais adversários para saber quem será que estará lado a lado com ela no segundo turno.