Por Elielson Lima– Findada a eleição, os cinco parlamentares estaduais que se elegeram em Brasília estão tendo um choque de realidade. É natural firmar acordos em campanha e fazer nomeações nos gabinetes, mas a conta ficou complicada. Isso porque a verba de gabinete da Câmara Federal, congelada para a próxima legislatura, é metade do que será a da Assembleia Legislativa.
Na surdina, como sempre, a Alepe aprovou um aumento de 40% que será válido para os próximos quatro anos. Assim, o gasto máximo com salários de cada gabinete será de aproximadamente R$ 220 mil. Também houve aumento no número de assessores, que pulou de 15 para 21 por deputado – sem contar as indicações que cada parlamentar pode fazer em empresas terceirizadas da Casa.
Em Brasília, o luxo não é o mesmo. Além de ficarem longe das bases, os deputados federais eleitos vão manter a mesma cota da legislatura atual. Ou seja, a verba de gabinete continuará sendo de R$ 111.675,59 para um máximo de 25 assessores. A realidade vem impondo muitos cálculos para os novos federais, que estão tendo que reduzir seus próprios quadros, ou até realocá-los em prefeituras amigas. Brasília pode até ser um paraíso, mas tem outros bem mais pomposos e mais perto de casa.