Por Magno Martins – Na primeira entrevista que concedeu a uma emissora de rádio, a Integração FM, de Surubim, sua terra natal, segunda-feira passada, o pré-candidato do PSB ao Governo do Estado, Danilo Cabral, engatou um discurso velho, carcomido. Cansou de tanto repetir bordões da velha política. Uma fala sem nenhuma empolgação.
Repetiu – e cansou, evidentemente, – mais de dez vezes os nomes de Lula e Eduardo Campos. Ficou comparando Lula a Bolsonaro o tempo todo. Isso se deu de forma tão patética que num determinado momento disse que estava quase sem pontuar nas pesquisas por ser desconhecido e que o presidente também não estava bem nos levantamentos porque era conhecido. Dá para entender?
Não trouxe absolutamente nada de novo. Ressuscitou Eduardo Campos, a quem tratou de “irmão”, mas esqueceu de lembrar que o mesmo Eduardo não apostou em sua candidatura em 2014, quando dividia as preferências com Tadeu Alencar e Paulo Câmara. Tudo porque, conforme este blog antecipou, foi queimado pelo ex-presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa, já falecido.
Uchoa não engolia Danilo por este ter tratado muito mal suas demandas e dos seus aliados quando assumiu importantes secretarias no Governo Eduardo. Ao lado do ex-prefeito Ettore Labanca, que também odiava Danilo, Uchoa foi ao gabinete de Eduardo e sentenciou: “Qualquer um dos candidatos, menos o Coronel Danulo”. O trocadilho foi para insinuar que o então pretendente ao Palácio era uma nulidade política.
Pela entrevista, Danulo não tem ainda sequer um mini-projeto de Governo e acha que vai se eleger em cima do prestígio do ex-presidente Lula, que vem candidato ao Planalto pelo PT, partido que o socialista já condenou e satanizou em vida, quando deputado federal votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma.