Por Wellington Ribeiro – Com o processo de filiação se afunilando alguns deputados e pré-candidatos a estadual da Frente Popular já se deram conta de que disputar pelo PSB ou PP exigirá em média uma votação próxima a 40 mil votos para brigar de forma competitiva por uma vaga. Por esta razão não são poucos os que estão vendo na federação que reúne o PT/PC do B/PV uma alternativa. O problema, porém, é ser aceito em um desses três partidos.
Em conversa com um cardeal do PT, recebemos a informação de que o partido está atendo às movimentações e, a princípio, tem barrado a filiação de deputados de mandato, tudo isso como uma medida protecionista aos quadros orgânicos da sigla que estão disputando vaga na ALEPE. Para a fonte, o PT vai avaliar cada pedido levando em consideração a conduta histórica em relação ao PT, militância sindical e junto aos movimentos sociais. Vale destacar que no PT o grande temor é de que deputados sem identidade com a sigla “comam o cartão” de quadros históricos do partido.
Já o PC do B não tem sido tão procurado por deputados e pré-candidatos, sobretudo porque poucos estão dispostos a serem taxados de “comunistas”. O que se comenta é que não precisa necessariamente ter identidade com a sigla, mas que a senha de acesso seria votar em Renildo Calheiros para federal.
Por fim, o PV, que terá Clodoaldo Magalhães como cacique, tem sido visto por alguns como a alternativa mais fácil para ingressar na federação. Uma das questões é que não teria a exigência de identidade ideológica com a sigla, no entanto, o ingresso não seria tão fácil assim como se parece. O atual presidente, Jorge Carreiro, pré-candidato a deputado estadual, tem sido um dos empecilhos. Ele estaria atento a não aceitar nomes que podem comer o seu cartão na disputa. Além disso, vale destacar que o PV terá poucas vagas à sua disposição nesta federação.
NA PONTA DO LÁPIS – Tem sido cada vez mais frequente ver deputados estaduais no Burado Frio reunidos fazendo as contas de quantas cadeiras cada partido deverá conquistar e o ponto de corte. Nesta semana teve parlamentares que entraram na madrugada discutindo os cenários.