Por Magno Martins – Capital do Agreste, Caruaru vive, hoje, uma situação de extremos nas eleições de outubro próximo. Pela primeira vez, tendo alguém da terra disputando o Governo de Pernambuco, a ex-prefeita Raquel Lyra (PSDB), o País de Caruaru ganhou um destaque ainda maior nessas eleições. Mas essa situação pode mudar a partir de outubro, já que poucos candidatos do município têm chances de serem eleitos para o parlamento, segundo especialistas em projeções eleitorais.
Enquanto Raquel briga por uma vaga no segundo turno, a corrida pela Câmara Federal será árdua para os postulantes locais. Dois disputam a reeleição, em situações distintas: Fernando Rodolfo (PL), que pode ser beneficiado pela chapa do seu partido, se apresenta com maior lastro e competitividade.
Já Wolney Queiroz, atual líder do PDT na Câmara, precisaria de cerca de 120 mil votos para se reeleger, tarefa dificílima, segundo esses mesmos levantamentos de especialistas. Outros que tentam chegar, mas estão em condições ainda mais complicadas que Wolney, são Tonynho Rodrigues, numa chapa sem cauda e que só deve eleger um federal, enquanto Dilson Oliveira enfrenta concorrentes de quase 100 mil votos na chapa do União Brasil.
O Podemos, por sua vez, partido do ex-senador Douglas Cintra, talvez nem consiga bater o quociente eleitoral. Para piorar, o prefeito Rodrigo Pinheiro optou por votar em Daniel Coelho, que não é da terra. Pela corrida à Assembleia, Tony Gel é quem tem a melhor situação, já que está na chapa do PSB e tem sempre expressivas votações. Já Zé Queiroz (PDT) e o Delegado Lessa (PP) não tiveram a mesma sorte com seus partidos.
Do pelotão sem mandato, aparecem nomes como Raffiê (União Brasil) e Armandinho (Solidariedade), em dificuldades para ficarem entre os primeiros de suas chapas. Ou seja, a capilaridade política de Caruaru tende a ficar bem esvaziada nos parlamentos estadual e federal. Um cenário muito desmotivador, se perdurar como vem se desenhando.