Por Magno Martins – O prefeito do Recife, João Campos (PSB), principal tutor na capital do candidato a governador pelo PSB, Danilo Cabral, foi contemplado com R$ 21 milhões cadastrados no chamado Orçamento Secreto pelo Congresso.
Além dele, os valores contemplam uma penca de aliados da Frente Popular, conforme apurei, o que destrói a principal narrativa dos candidatos Danilo e Teresa Leitão, esta na disputa ao Senado pelo PT, para atingir a candidata a governadora pelo Solidariedade, Marília Arraes.
A relação dos contemplados aponta, entre outros nomes, os deputados federais do PSB Gonzaga Patriota, com R$ 19.793.862,01; Milton Coelho – R$ 4.300.000,00 e Tadeu Alencar R$ 1.561.250,00. Felipe Carreras, também do PSB, tem cadastrado mais de R$ 45 milhões em emendas.
Outros deputados da Frente Popular igualmente asseguraram o benefício. São eles: Carlos Veras, do PT, R$ 14.450.000,00; Raul Henry (MDB) R$ 17.490.000,00 e Sílvio Costa Filho R$ 61.663.383,00. Daniel Coelho, do Cidadania, que dá sustentação à candidatura de Raquel Lyra (PSDB) foi contemplado R$ 69.400.000,00. Os recursos também são acessíveis aos prefeitos, que podem indicar suas demandas sem, necessariamente, depender de um parlamentar para efetivá-las no sistema.
É o caso da prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), oficialmente coordenadora da campanha de Danilo Cabral no Sertão. Cadastrou R$ 15.170.016,00, um pouco menos do que João Campos (PSB), com R$ 20.962.230,64 cadastrados.
Ao acusar a candidata Marília Arraes de se beneficiar do chamado Orçamento Secreto, a campanha de Danilo Cabral agiu usando meias verdades. Primeiro porque a verba de R$ 3,6 milhões que Marília Arraes solicitou não foi sequer contemplada. Segundo, conforme consta nos dados que pesquisei, Danilo, propositadamente com fins eleitorais, omitiu parte dos fatos e das informações a fim de atingir e prejudicar sua principal oponente.
A manobra, como se vê, está se revelando um tiro no pé. A própria justiça eleitoral condenou a fake news da Frente Popular, exigindo a retirada imediata das acusações veiculadas.
Veras nega – O deputado Carlos Veras (PT), em nota enviada ao blog, negou a existência de emendas do orçamento secreto destinadas em seu nome. “Não aceitamos e nos colocamos contrários à destinação de recursos exclusivamente a parlamentares que não fazem o bom combate em defesa da classe trabalhadora ou votam em propostas que atacam o povo brasileiro. Esse controle do orçamento pelo Congresso Nacional é, sem dúvida, uma usurpação de poder. Seguirei fazendo política com verdade, transparência em defesa das trabalhadoras e dos trabalhadores”, afirmou.