Por Magno Martins – Enfim, uma boa notícia para o pré-candidato do PSB ao Governo de Pernambuco, Danilo Cabral, que depende diretamente do PT e da força notável de Lula para reagir nas pesquisas e tentar chegar ao segundo turno: o ex-governador de São Paulo, Márcio França, do seu partido, o PSB, confirmou, ontem, que desistiu de disputar o Governo do Estado e anunciou apoio ao nome de Fernando Haddad (PT) para o Governo do Estado.
Ele, no entanto, não confirmou se disputará uma vaga ao Senado na chapa do petista, como é esperado. O pessebista divulgou dois vídeos, um enviado aos seus correligionários com o anúncio e o outro um agradecimento pela ajuda que teve durante a pré-campanha. Em outro, publicado em redes sociais, destacou o momento econômico crítico pelo qual o País passa, principalmente em relação ao aumento da fome.
“Nos meus 40 anos de vida pública, nunca vi o Brasil em uma situação tão grave. A miséria está crescendo e já bate na porta de grande parte das famílias”, disse. Em ambos, porém, França destacou ser preciso eleger Haddad em São Paulo e o ex-presidente Lula (PT) presidente. “Ajudando São Paulo, a gente ajuda o Brasil. Tempos atrás, nós fizemos o que ninguém imaginava. Juntamos o Geraldo Alckmin com o Lula. E vocês todos acompanharam isso. Parecia impossível”, disse na peça enviada a correligionários.
“Com Lula e Geraldo Alckmin, nós vamos poder construir um verdadeiro centro democrático a partir de São Paulo”, afirmou no outro vídeo. França declarou ainda que resolveu abrir mão da sua candidatura ao Governo de São Paulo com base nas recentes pesquisas de intenção de voto. Desde o início de 2022, ele defendia que quem estivesse mais bem posicionado é que deveria ser o candidato do campo de esquerda. “Agora chegou a hora de uma decisão. Nós havíamos prometido que quem tivesse à frente nas pesquisas eleitorais, levaria o nosso legado para frente. E quem está hoje na frente e tem esse direito é o Fernando Haddad”.
Os partidos querem ter candidaturas unificadas em todos os lugares onde for possível. São Paulo é o maior Estado, com 34,7 milhões de eleitores. Além dos 3, Alckmin também participará do ato. Ele participou da articulação de aliança, capitaneada por Lula. Agora unido a França, Haddad terá o reforço de Alckmin em sua campanha. O ex-governador é figura conhecida no interior do Estado, onde o PT tem dificuldade para atrair eleitores. Se tanto Haddad quanto Márcio França concorressem ao Palácio dos Bandeirantes, Alckmin teria de fazer campanha para França, seu correligionário.