Opinião: A incerta cota do PSB

Por Magno Martins – Sem o controle do Governo de Pernambuco, que teve ao longo dos últimos 16 anos, o PSB aguarda com ansiedade o espaço que terá no futuro Governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Recolhido em sua casa na capital paulista em repouso após se submeter a uma cirurgia na laringe, Lula adiou sua passagem por Brasília esta semana.
Na capital federal, daria prosseguimento às articulações para montagem do seu Ministério. O PSB, que indicou o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para vice de Lula, tem três nomes ministeriáveis: o ex-governador de São Paulo, Márcio França, derrotado na disputa pelo Senado nas eleições deste ano, o senador eleito Flávio Dino, ex-governador do Maranhão, e o governador Paulo Câmara.
A pasta oferecida ao PSB seria a de Ciência e Tecnologia, ocupada pelo ex-governador Eduardo Campos. O que se diz em Brasília é que Lula quer vê-la sendo tocada por Márcio França, e não Paulo Câmara, que deve ser nomeado para uma estatal ou uma diretoria no BNDES. Já Flávio Dino também estaria despachando na Esplanada do Ministério a partir de janeiro, mas por uma escolha da cota pessoal de Lula.
Difícil, entretanto, o PSB ganhar um assento na Esplanada com capilaridade política, mas há quem diga que o deputado federal Danilo Cabral, que disputou o Governo de Pernambuco sem chegar ao segundo turno, seria aproveitado também num órgão de segundo escalão, da mesma forma que o deputado federal não reeleito Milton Coelho. Ambos estão integrando a comissão de transição do futuro Governo petista.