Dada a ausência de um representante do centro que se destaque nas pesquisas, o DEM decidiu testar o nome do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), para o Planalto. O deputado será lançado por aliados no congresso da sigla, em dezembro. Mas não será um voo solitário. Dirigentes do PP e do Solidariedade estimulam o plano. O democrata, dizem, ampliou o vínculo com partidos da base de Michel Temer que teriam mais simpatia por ele do que por Geraldo Alckmin (PSDB-SP).
A articulação em torno de Maia não exclui o ministro Henrique Meirelles (Fazenda). Entusiastas da ideia dizem que ela só poderá ser levada a cabo se os sinais de recuperação da economia tiverem ganhado as ruas. Meirelles poderia ser vice ou mesmo assumir a cabeça de chapa, caso o reconhecimento à sua atuação tenha reflexo nas pesquisas de opinião.
Integrantes do tucanato já perceberam a movimentação e avaliam que a atuação dúbia da sigla associada ao projeto de robustecimento do DEM com quadros do PSB e outras legendas abriu espaço para que o partido de Maia pleiteasse a proa de uma aliança centrista. (Fonte: Magno Martins)