No mundo do futebol, time-base é aquele plantel de jogadores que têm a plena confiança do treinador. São os primeiros a serem escalados, e de quem mais se espera. Ainda que não tenha iniciado as conversas com os partidos da base aliada, o governador Paulo Câmara tem um grupo de auxiliares que, certamente, o acompanharão no segundo mandato. Eles podem ser chamados de “tecnolíticos”. A classificação não é nova. Serve para designar técnicos com sensibilidade política – alguns até disputam mandatos –, experiência testada em gestão e crédito com o chefe.
Esses nomes já são dados como certos no secretariado do governador. Mesmo não sabendo em qual pasta, teremos ao lado de Paulo quadros como Márcio Stefanni, Zé Neto, Ruy Bezerra, Nilton Mota, Fred Amâncio, Marcelo Barros, André Campos e Roberto Tavares. Essa será a espinha dorsal do governo. São nomes certos. Todos ocupam ou já ocuparam mais de uma secretaria na atual administração e na do ex-governador Eduardo Campos. É com eles que Paulo vai enfrentar os desafios de governar em tempos de crise.
Outros nomes de dentro do PSB vão se juntar à essa lista, que ainda terá as composições políticas. Egresso do Tribunal de Contas do Estado, o governador tem dado sinais de que pode convocar novos servidores do órgão ou mesmo da Secretaria da Fazenda, ambiente que Paulo conhece bem porque já foi secretário. O restante da equipe será de indicações partidárias, mas respeitando o critério técnico. Esta coluna já antecipou que Câmara montará um secretariado à sua semelhança. Ele não abrirá mão dessa prerrogativa.
Especula-se, também, que a reforma do secretariado de Paulo seja casada com a do prefeito do Recife, Geraldo Julio, que entra na reta final da sua gestão. Por enquanto, nada de concreto ainda sobre o processo. Só que ele deve ser acelerado a partir dos próximos dias.(Por Arthur Cunha – especial para o blog do Magno Martins)