Por Waldemar Borges*
“Quero ser o primeiro a dar apoio à reeleição de Paulo”. Essa frase foi dita publicamente por Fernando Bezerra Coelho há apenas seis meses, em apoio ao governador Paulo Câmara. O senador declarou muito mais: “podemos ter visões distintas, mas meu empenho é pelo sucesso de Paulo Câmara. Tenho um compromisso inafastável com a Frente Popular e com a liderança de Paulo Câmara”. “Vamos unidos, sob o comando de Paulo Câmara, escrever novas páginas na história política de Pernambuco”. “Sou senador pela força da Frente Popular. E o meu compromisso é com o sucesso do governador Paulo Câmara. Quebrará a cara quem apostar em briga e em divisões”. “Paulo só tenho uma coisa a lhe dizer: muito obrigado. Muito obrigado. Muito obrigado por tudo”.
Essa coletânea de declarações de Fernando Bezerra Coelho só mostra que, para ele, a palavra não é um patrimônio. E reforça a instabilidade do senador, que só tem comprovado com suas atitudes que seus projetos pessoais e familiares falam mais alto que a fidelidade e a coerência, preceitos talhados lá atrás por Miguel Arraes e por Eduardo Campos. Fernando querer agora se apresentar como o representante da continuidade do projeto de Eduardo é risível. Basta lembrar que ele foi preterido por Eduardo em 2014 e Paulo foi o escolhido para suceder o então governador.
Como já declarou o próprio governador Paulo, Fernando Bezerra gosta de muitas versões. Então a gente não pode realmente comentar alguma declaração dele porque ele muda muito de opinião. Então são tantas versões que hoje é uma coisa, amanhã é outra totalmente diferente. Esse comportamento dele é uma atitude que faz parte do oportunismo político que nós combatemos e que infelizmente alguns insistem em praticar.
Continua…