O PT de Pernambuco está diante de um dilema. Ou lança candidato próprio ao governo estadual ou corre o risco de implosão. Caso lance candidato próprio, o partido sairá unido dessa fase pré-eleitoral. Suas decisões são tomadas por maioria de votos e quem não concordar cai fora do partido, que não aceita dissidências. O PT já aprovou resoluções pelo lançamento de candidato próprio. Mas, ainda assim, a ala liderada pelo senador Humberto Costa, que é seu maior líder em nível estadual, não dá o fato como consumado. Ainda admite o retorno à Frente popular em troca de uma vaga na sua chapa majoritária. Claro que não é uma coisa simples lançar uma chapa pra governador.
É necessário também um vice e pelo menos um candidato a senador. E os quadros do PT estão escassos, sobretudo após a saída de João Paulo. Contudo, se esse é o desejo da maioria das bases, contrariá-las pode ser pior. O partido pode até perder a eleição, que é o mais provável no quadro de hoje. Mas preservará a sua unidade. Voltando à Frente Popular, a implosão será inevitável. Pois a vereadora Marília Arraes, o presidente da CUT, Carlos Veras e o presidente da Fetape, Doriel Barros, não sobem no palanque do governador de jeito nenhum. (Por Inaldo Sampaio)