Por Elielson Lima – Historicamente, os nomes que disputaram o Senado em Pernambuco foram levados pela força dos candidatos a governador. O exemplo mais conhecido no meio político foi em 1986, quando Miguel Arraes conseguiu eleger o então deputado estadual Pedro Mansueto de Lavor.
Isso se seguiu nas sucessivas eleições estaduais. O contrário já aconteceu, quando o candidato a governador põe o senador para baixo, como o então candidato à reeleição Mendonça Filho fez com Jarbas Vasconcelos, em 2006. Mesmo ganhando, Jarbas despencou nas pesquisas pela falta de crescimento do seu candidato a governador.
No pleito deste ano, a história poderá se repetir. Porém, pela primeira vez, os nomes que estão se apresentando para disputar a Casa Alta terão um protagonismo maior. A deputada estadual Teresa Leitão – indicação do PT para chapa a Frente Popular – dará a Danilo Cabral a cara de Lula. Teresa vai tentar atrair a militância petista para alavancar a chapa do candidato do Governo.
O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, cumpre a mesma missão de Teresa, só que do lado contrário. Na Oposição ao PSB, ele vincula a Anderson Ferreira o voto bolsonarista. Isso projeta o ex-prefeito de Jaboatão para cima, devido à polarização nacional.
Recentemente o deputado federal André de Paula confirmou que estará concorrendo ao Senado e é cotado para integrar a chapa com Marília Arraes. Ela já tem a cara de petista e lulista, pois saiu há pouco tempo da sigla. André confere à chapa uma guinada ao centro, ampliando o leque do eleitorado.
Outro nome que é cogitado para disputar o Senado é a deputada estadual Priscila Krause, ao lado de Raquel Lyra. Se de fato aceitar o posto, Priscila trará para o palanque de Raquel o voto de opinião da Região Metropolitana, área em que a ex-prefeita de Caruaru tem pouca inserção.
Pelo desenho de hoje, os nomes postos para concorrer à única vaga do Senado desempenharão um papel fundamental na eleição. E isso terá um efeito prático no resultado final da eleição.