Nas eleições deste ano ainda não foram definidas as coligações para deputado estadual e federal mas com os indicativos de apoios já se pode conjecturar a quantidade de votos necessária para afirmar a votação necessária para não correr risco de não se eleger. Há um indicativo de que o PSC e o PP realizarão chapinhas para deputado estadual, enquanto PSB, PSD e PT podem firmar um chapão, bem como PTB, DEM, PSDB e Podemos formarão outro chapão, com dúvidas a respeito do Solidariedade, que integrará um chapão mas nada definido sobre qual será.
No plano federal essa conta está mais consolidada, com chances apenas o Patriota eleger até dois federais, as demais chapinhas dificilmente atingirão quociente eleitoral, e disputarão com poucas chances as sobras, uma vez que mudou a legislação quanto às disputas de sobras. Nas duas principais chapas, considerando que serão até 23 vagas, já é possível afirmar que o liderado pelo PTB após a chegada do PSC elegerá pelo menos sete deputados federais, enquanto o chapão do PSB deverá eleger pelo menos treze, ficando três vagas para oscilar de acordo com a decisão de PROS e Solidariedade.
Apesar destas indefinições, já é possível afirmar que o Patriota deverá eleger o segundo deputado federal com 40 mil votos, devido a possibilidade do Pastor Eurico novamente ter votação acima do quociente eleitoral, e permitir que a segunda vaga seja garantida sem sustos. Na oposição esse ponto de corte é de 90 mil votos, podendo baixar para 80 mil caso haja a adesão de Solidariedade e PROS ao projeto, o que garantiria até 10 parlamentares. Na Frente Popular, o chapão poderá eleger até 16 parlamentares caso os dois partidos fiquem na coligação, e estaria garantido o ponto de corte de 90 mil votos. Caso se confirme a perda do PROS e do SD, esse número pode ficar de 13 a 14 parlamentares, o que aproximaria a votação do último parlamentar eleito para perto de 100 mil.
Na disputa de deputado estadual, as contas do chapão do PSB são de 18 a 21 deputados, com praticamente nenhuma renovação. No pior cenário de 18 a necessidade de votos deve beirar os 50 mil. Se forem eleitos 21, essa conta pode baixar para 45 a 47 mil. No PP se forem eleitos dez parlamentares 35 mil é conta segura, mas existe uma chance real de o partido eleger, numa coligação com o PR, até 14 deputados, o que permitiria que o último eleito fique com 28 a 30 mil votos.
No PSC a conta segura é de quatro parlamentares, então com 32 mil votos um estadual estará garantido, mas é extremamente plausível que a sigla eleja até seis parlamentares, o que daria ao último colocado a chance de se eleger até com 25 mil votos. Por fim, o chapão da oposição que poderá eleger de 9 a 12 parlamentares. No pior cenário 45 mil votos é suficiente para garantir a última vaga. Caso o Solidariedade integre o chapão com seus pré-candidatos, as chances de eleger doze parlamentares aumentam e o último pode entrar com votação perto de 40 mil.
Se as chances de federal nas chapinhas são pequenas na disputa por sobras, a disputa de estadual permite a uma sigla nanica eleger parlamentar com 22 a 25 mil votos, é o caso de Patriota, PRP, PRTB e Avante. Mas é pouco provável que esses partidos consigam eleger mais de um parlamentar devido à ausência de cauda representativa nas siglas. (Por Edmar Lyra)