Tem algo patológico que acomete o presidente Bolsonaro. Ontem, mais uma vez, ele perdeu o bom senso. Disse que sabia as razões do sumiço e da morte de Fernando Santa Cruz, pai do presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, no ápice da ditadura, em 1974.
Cobrado a dar a dar explicações, afirmou, mais tarde, que Fernando fora vítima dos próprios integrantes do movimento de resistência ao golpe a que pertencia – a AP (Ação Popular). Ora, se ele tem tanta certeza de que não foi o DOI-Codi, caminho investigado pela Comissão de Verdade, e confirmado pela Aeronáutica, que apresente as provas.
E pare, como disse Felipe, “de tratar a perda de um pai como se fosse assunto corriqueiro, debochando do assassinato de um jovem que teve sua vida ceifada aos 26 anos. Seu corpo permanece desaparecido até hoje, sem que seus restos mortais tenham sido entregues à família. O País cansou do lado estúpido e nocivo do chefe da Nação. (Magno Martins)