Blog Magno Martins – O presidente Jair Bolsonaro entrou em modo desespero no dia de ontem. Enquanto estava no avião a caminho do Rio de Janeiro, deu ordem de meia volta, volver, a caminho de Brasília.
Lá, quando chegou, estava pegando fogo, e ele decidido a uma ruptura radical. Mas teve duas reações. De um lado, os comandantes das três forças militares – Exército, Marinha e Aeronáutica – foram categóricos contra qualquer ruptura institucional, reafirmando o compromisso para respeitar o resultado das urnas. De outro lado, os políticos do núcleo duro da base do Governo, especialmente Artur Lira e Ciro Nogueira, foram inteiramente contra a postura de sublevação de Bolsonaro, deixando claro que não seguiriam sua a posição.
Restou ao atual presidente conceder uma entrevista ladeado apenas pelo ministro da Justiça e pelo aposentado general Heleno, na quais reclamou contra o famoso Xandão, ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, no tocante a suposta manipulação das inserções em rádios a favor de Lula. Mas no final, prevaleceu a posição dos comandos militar e político: quem ganhar domingo vai assumir a Presidência da República.
As razões
Apurei que o desespero de Bolsonaro se dá por conta do crescimento da diferença em favor de Lula. Segundo os famosos tracking internos, o petista tem vantagem crescente e ontem atingiu 8 pontos na dianteira, com tendência de crescimento em favor do PT. Até o candidato de Bolsonaro em São Paulo, Tarcísio Freitas, deu entrevista dizendo que vai ter uma relação respeitosa e republicana com Lula.
Bolsonaro tem recebido notícias da fuga de muitos membros do centrão em direção a Lula. Assim, a tropa de choque da campanha de Bolsonaro quer que ele vá para a confrontação, especialmente os filhos Carlos e Eduardo, bem como o ministro Fábio Farias. Isso significa que o debate de amanhã vai ser um dos mais emocionantes e decisivos que já se deu neste País.