Por: Tainá Andrade – Correio Braziliense – De forma inédita, o Programa Mais Médicos, relançado ontem (20/3), focou na continuidade das mulheres médicas com um incentivo caso se tornarem mães. Um dos benefícios anunciados na Medida Provisória (MP) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou foi o bolsa maternidade, que complementa o valor do auxílio do INSS por até seis meses às mulheres mães.
O mesmo ocorrerá com os pais, mas o período será reduzido — de 20 dias, que é o tempo determinado em lei para licença paternidade. O objetivo é atingir a meta de 28 mil médicos fixados no programa em todo o Brasil.
O programa passou por uma descontinuidade que o fez atingir o pior cenário em 10 anos, com a falta de quatro mil médicos nas equipes de atendimento à atenção primária. Esses profissionais atendem a mais de 96 milhões de brasileiros, mas, de acordo com o Ministério da Educação (MEC) havia a desistência de 41% dos participantes.
“Muitas vezes só sabe o que significa [o Mais Médicos] quem tá lá na ponta, no município, na comunidade, que tem o problema de saúde do seu filho, do seu pai, da sua mãe, que precisa do sistema de saúde e quando chega na Unidade Básica de Saúde, que é a porta de entrada do SUS, não tem médico, não tem especialista para atender e muitas vezes nós sabemos a dor da família por conta disso”, ressaltou o ministro da Educação, Camilo Santana.