Diário de Pernambuco
Aprovado pelo Governo Federal, o novo formato representa uma reforma no sistema de ensino médio de todo Brasil, e definirá uma organização curricular mais flexível para atender diretamente as necessidades dos alunos. Ele entrará em vigor em 2022 de forma progressiva, porém, no Colégio Núcleo, no Recife, o novo ensino médio já é um método realizado há 10 anos. “Ele é importante para trazer a escola para o século 21 e se aproximar das prioridades do estudante”, afirma o diretor do Núcleo, Gilton Lyra.
As mudanças nesta etapa estudantil passarão a ser realizadas com objetivo de estabelecer uma estrutura curricular comum a todas as escolas, baseadas em duas frentes. A primeira será com o currículo geral básico, que tem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como referência e define competências e habilidades para quatro áreas de conhecimento – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; Ciências da Natureza e suas tecnologias; Linguagens e suas tecnologias e Matemática e suas tecnologias. E a segunda será com itinerários formativos, que oferecem a possibilidade para o estudante escolher matérias que permitam que ele se aprofunde em uma ou mais áreas de conhecimento ou na sua formação técnica e profissional. Segundo o MEC, isso possibilitará maior autonomia para os alunos definirem os rumos da sua educação, de acordo com os seus interesses e afinidades pessoais.
No Colégio Núcleo, esse modelo já é utilizado há uma década. Segundo o diretor Gilton Lyra, a escola já nasceu com uma concepção inovadora, que se baseia nas melhores práticas educacionais do mundo, e com metodologias centradas no protagonismo do aluno. A diretora olímpica da escola, Thatiana Stamford, explicou que a instituição não possui turno da tarde e funciona de forma integral. No horário da manhã, os estudantes assistem as aulas das matérias obrigatórias e, no período da tarde, são oferecidas mais de 20 eletivas, de todas as áreas de conhecimento – humanas, exatas, saúde, tecnologia e linguagens. “Os alunos, se quiserem, podem passar todas as tardes estudando. Mas, explicamos para eles que não é porque o Núcleo disponibiliza mais de 20 possibilidades que irão fazer todas. Eles irão escolher”, explica.
Além das eletivas, a instituição também oferece olímpiadas de conhecimentos e um Clube de Simulação ONU, onde os estudantes mostram a sua habilidade de negociação, etiqueta e oratória em debates. São realizadas simulações em todo país e os 30 melhores delegados de cada comitê são selecionados para a fase nacional, que acontece no final do ano em Brasília, no Distrito Federal.
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A estudante Elise Albuquerque, 18, fez parte do Clube de Simulação ONU e foi uma das delegadas do estado de Pernambuco na fase nacional da competição. Foto: Núcleo/Divulgação |