Doença mais prevalente entre a população masculina, o câncer de próstata acomete 69 mil homens por ano segundo o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca). Ou seja, surgem, a cada hora, sete novos casos da doença, que não tem prevenção. No entanto, o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento curativo. Infelizmente, um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) neste ano apontou que 51% dos homens nunca consultaram um urologista.
Para conscientizar a população sobre a importância dos exames anuais a partir dos 50 anos, a SBU e o Instituto Lado a Lado pela Vida realizam o Novembro Azul – campanha focada na conscientização do câncer de próstata no Brasil. Ao longo deste mês, serão realizadas ações em todos os Estados brasileiros, que contemplam a iluminação de pontos turísticos e monumentos, palestras informativas e intervenções em locais de grande circulação, além do 8º Fórum de Políticas Públicas e Saúde do Homem, que será realizado em 17 de novembro (Dia Nacional de Combate ao Câncer de Próstata) na Câmara dos Deputados, em Brasília.
“Pessoas da raça negra e quem têm parentes de primeiro grau que tiveram a doença devem procurar um urologista para avaliar a necessidade de iniciar seus exames a partir dos 45 anos”, alerta o presidente da SBU, Carlos Corradi. O exame da próstata consiste no toque retal e na dosagem sérica do PSA no sangue.
A realização de exames nessa faixa etária está relacionada à diminuição de cerca de 21% na mortalidade pela doença em estudos de grande porte e longo seguimento.
“O urologista é o profissional médico capaz de diagnosticar e tratar a doença. Por vezes, o auxílio do oncologista e do radioterapeuta é necessário. Na maioria dos casos iniciais, o paciente não tem sintomas. Só a avaliação rotineira com o exame de PSA e o toque retal permitem estabelecer a suspeita e prosseguir na investigação”, afirma o diretor de comunicação da SBU, Carlos Sacomani. (NE10)