Notificação de casos de microcefalia agora é obrigatória em Pernambuco…

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Durante um ultrassom realizado na 22ª semana de gravidez, a inspetora de qualidade Valéria Araújo, 23 anos, recebeu a notícia de que a filha apresentava o tamanho da cabeça menor do que o normal para a idade gestacional, condição chamada de microcefalia. Desde então, os médicos investigam o que pode ter levado a menina, nascida no dia 8 de outubro, a ter desenvolvido essa anomalia congênita, que passou a ser de notificação compulsória imediata em Pernambuco devido ao aumento no número de casos. “De agosto até outubro, tivemos conhecimento de 90 recém-nascidos com microcefalia. Entre 2011 e 2014, a média era de nove registros por ano”, diz a secretária-executiva de Vigilância em Saúde de Pernambuco, Luciana Albuquerque.

Na tentativa de descobrir a causa da microcefalia apresentada pela filha, Valéria já fez alguns exames. “Foram descartados citomegalovírus, toxoplasmose e rubéola”, diz Valéria, referindo-se a infecções congênitas que podem estar relacionadas à microcefalia. No próximo dia 10, ela vai ao Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) para que especialistas possam fazer uma investigação criteriosa do caso. O Huoc, o Hospital Barão de Lucena e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira foram as unidades de saúde que começaram a notar uma mudança do padrão de ocorrência da microcefalia no Estado. (Jornal do Commercio)