- A ex-candidata à Presidência pelo PSOL nas eleições de 2014, Luciana Genro, criticou a gestão comandada por Dilma Rousseff (PT) e disse acreditar que existiu, no Brasil, um estelionato eleitoral após o pleito. Para a psolista, que está no Recife para participar de um debate na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), a presidente utiliza dos mesmos métodos que acusou o senador Aécio Neves (PSDB) de querer praticar. “A situação política brasileira está bem complicada. Acho que tivemos um verdadeiro estelionato eleitoral. Toda polarização que Dilma fez ao presidenciável Aécio Neves fez que muitos acreditassem que o PT estava indo para a esquerda. No fim das contas, ela aplica as mesmas medidas que acusou Aécio de querer praticar, inclusive com aquela peça publicitária que mostrava a comida desaparecendo da mesa”, avaliou Luciana Genro. Para a psolista, apesar de Dilma ter tido mais votos nas eleições foi o programa do PSDB que saiu vitorioso. “Na prática, as políticas públicas do PT são as mesmas do PSDB. Quem deve pagar a conta da crise? Os trabalhadores ou os bancos e milionários?”, questionou. Luciana Genro também comentou sobre o financiamento de campanha. Segundo a ex-candidata, o PSOL é a favor do fim do financiamento empresarial. “Óbvio que isso não acabaria com o dinheiro por debaixo do pano, como as leis contra a corrupção não acabaram com ela, mas não propomos isso como uma panaceia para todos os males”, afirmou.(Jornal de Pernambuco)
- O dólar comercial teve a quarta alta seguida ontem (5) e passou de R$ 3 pela primeira vez desde agosto de 2004. A moeda norte-americana fechou em alta de 1,03%, a R$ 3,012 na venda. Em quatro dias, a moeda norte-americana acumula valorização de 5,44%. Nas casas de câmbio em São Paulo, o dólar para turistas já é vendido por entre R$ 3,16 (em dinheiro vivo) e R$ 3,37 (no cartão pré-pago), já considerando o IOF. Na noite de ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 12,25% para 12,75% ao ano. Os investidores continuam preocupados com a possibilidade de o ajuste das contas públicas brasileiras não ser tão forte quanto o necessário, em meio a crescentes obstáculos políticos à implementação do cortes de gastos e aumentos de impostos.
- Os pedidos de abertura de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na noite de terça-feira (3) envolvem os principais líderes do Senado. Entre os 54 nomesque Janot pediu para serem investigados, estão alguns dos principais líderes do Senado. Além do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o Congresso em Foco apurou que foi pedida abertura de inquérito contra Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Collor (PTB-AL), Lindbergh Farias (PT-RJ), Humberto Costa (PT-PE), Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do PP, e a ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR). Todos eles foram citados pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) chegou a ser citado nas delações premiadas, mas os procuradores responsáveis pelas investigações da Lava Jato não acharam evidências substanciais que ensejassem o pedido de abertura de inquérito contra o principal líder da oposição. Nas delações premiadas, Paulo Roberto Costa afirmou que chegou a trabalhar para Lindbergh Farias para obter financiamento em campanhas eleitorais. Romero Jucá também foi apontado pelos delatores como outro beneficiário do esquema. Já Lobão é investigado não somente por ter sido beneficiado pelo esquema, como também por ter mediado acordos para a implementação de uma refinaria no Maranhão, que resultou em desvios da ordem de R$ 7 milhões apenas nas obras de terraplanagem.
- O Banco Central (BC) informou ontem (5) que a captação líquida da poupança ficou negativa em R$ 6,26 bilhões em fevereiro. O resultado é o pior já registrado para um mês desde o início da série histórica do BC, em 1995. O número negativo superou o recorde de janeiro, quando a poupança ficou negativa em R$ 5,528 bilhões, até então o pior resultado da série. A captação negativa significa que as retiradas, que somaram R$ 142,17 bilhões em fevereiro, superaram os depósitos dos poupadores, que ficaram em R$ 135, 9 bilhões no mês passado.