Com o andamento do processo de impeachment no Senado e a possibilidade real de o PT ser ejetado do Executivo após 13 anos, a presidente Dilma Rousseff intensificou sua agenda de compromissos nas últimas semanas. Ela visitou as principais obras da gestão petista e desengavetou propostas populares.
O objetivo é aproveitar os últimos minutos de poder com uma agenda positiva e fazer um contraponto a Temer, cujo governo deve executar medidas impopulares como aumento de impostos, corte de gastos sociais e restrição de benefícios trabalhistas.
A cada avanço do impeachment no Congresso, é um balde de água fria na esperança de Dilma em permanecer à frente do Executivo. Restou a ela reatar os laços com movimentos sociais historicamente ligados ao PT, como indígenas, movimentos de moradia, trabalhadores e ativistas LGBT. Hoje, a base política dela é majoritariamente de esquerda, a julgar pelos partidos que votaram contra o impedimento, o que facilitou a reaproximação de Dilma com uma parcela importante do eleitorado.
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