Na Assembleia Legislativa de Pernambuco, as conversas sobre a eleição da Mesa Diretora se intensificaram nos últimos dias. Além da substituição do deputado Diogo Moraes na 1ª secretaria, pauta que vem dominando as rodas de conversas na Casa, o nome do deputado Lucas Ramos passou a ser ventilado entre os cotados para disputar a presidência. Nessa conta, pesa a prerrogativa aberta pelo princípio da proporcionalidade. O PSB fez a maior bancada, elegendo 11 deputados, e poderia trabalhar pelo espaço. A equação envolve ainda o bom trânsito de Lucas entre os colegas. Mas a ideia, nesse caso, seria viabilizar “um acordo sem trauma”, como define um parlamentar, em reserva. No entanto, uma movimentação maior tem se dado em torno da 1ª secretaria. Circulam como possibilidades para a vaga os nomes de Isaltino Nascimento, Clodoaldo Magalhães e Francismar Pontes.
Por Isaltino ser líder do governo e estar mirando a vaga, além de Francismar e Clodoaldo também serem membros do PSB, deputados entendem que os socialistas bateram o martelo por concorrer à 1ª secretaria. Por esse raciocínio, o deputado estadual Eriberto Medeiros se manteria na presidência, concorrendo à reeleição. Ele é membro do PP, cuja bancada é a segunda maior com 10 deputados. Há quem registre ter havido sinalização do governo para a permanência do progressista. Nos corredores do Palácio das Princesas, o fator Lucas Ramos, no entanto, ganha ressonância. E há apostas sendo feitas sobre o socialista – herdeiro do conselheiro do Tribunal de Contas, Ranilson Ramos. O estímulo que passou a ser dado, por governistas, ao nome de Lucas teria a ver com o “climão” instalado na relação do Palácio com o PP. Palacianos têm repisado que o PP terá espaço reduzido na administração estadual. (Renata Bezerra)