As especulações em torno do rumo do Partido Progressista (PP) na eleição do ano que ganharam novos contornos, nesta semana. A sigla, que chegou a ensaiar a formação de uma chapinha fora Frente Popular, estaria perto de voltar para o chapão governista. Para isso, o presidente estadual da legenda, deputado federal Eduardo da Fonte, já teria acertado com o Palácio do Campo das Princesas a indicação do seu nome para disputar uma vaga no Senado.
Em reserva, uma fonte governista revelou que, nos bastidores da Assembleia Legislativa, o comentário é que Eduardo da Fonte expressou seu desejo de participar da eleição majoritária e recebeu o aval do governo Paulo Câmara. Com isso, estaria disposto a abortar a formação de uma chapinha com legendas como PDT e PCdoB, que havia sido fortemente criticada por partidos da Frente Popular.
O arquivamento da denúncia contra o deputado na Lava Jato, na última segunda (18), por parte do Supremo Tribunal Federal, também teria favorecido, de acordo com a mesma fonte, a tese de que a sua postulação não causaria prejuízos para a imagem da coligação liderada pelo PSB.
O PP, que tem a segunda maior bancada na Assembleia, ganhou espaços significativos no governo, recentemente, com a nomeação de Guilherme Rocha como secretário executivo de Recursos Hídricos e de Clóvis Benevides como secretário de Desenvolvimento. Outro espaço entregue ao PP foi a Diretoria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, com indicação de Michelle Karine Zacarias de Souza, ex-gestora de Projetos do Porto do Recife.
PT
Caso a postulação de Eduardo da Fonte se consolide, a aliança entre PT e PSB, que estaria sendo costurada pelo próprio ex-presidente Lula e vem recebendo apoio de boa parte da bancada socialista, pode ficar ameaçada. Segundo a fonte governista, se Eduardo da Fonte disputar a Casa Alta, o senador Humberto Costa (PT), que pretendia se reeleger pela Frente Popular, pode ter que disputar uma vaga na Câmara Federal. (Folha de Pernambuco)