O PP se mantém vinculado a quem pode lhe garantir espaço e poder. Na reta final das definições dos apoios e coligações, o partido caminha para subir no palanque de Paulo Câmara, embora, nacionalmente, apoie Dilma.
Acertos finais
Ontem, enquanto o PP formalizava, em Brasília, o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), se considerava também praticamente definido o engajamento do partido à candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao governo de Pernambuco.
Ao mesmo tempo, pelos corredores do Congresso, dava-se como certo o apoio do PDT à candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ao governo de Pernambuco, mantendo-se, porém, as dissidências do prefeito de Caruaru e presidente estadual da legenda, José Queiroz, do presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa, além de uma boa parte dos candidatos a deputado estadual do partido.
A definição oficial do PP e PDT, em nível estadual, é o que falta para se avaliar o peso final dos dois principais palanques da sucessão em Pernambuco.
E Paulo Câmara ganha mais com o apoio do PP, um partido sem dissidências locais, do que Armando Neto com a aliança com o PDT, que está chegando dividido entre o palanque petebista e o da Frente Popular.
Bem, esses movimentos que antecedem as convenções evidenciam também como os partidos chegam ou permanecem no poder, mantendo um olho na missa e o outro no padre.
Tomemos como exemplo o PP: apoiando a reeleição de Dilma, a sigla tem espaço garantido no próximo governo, caso a petista vença a eleição; se o ex-governador Eduardo Campos for eleito presidente, o partido se achará merecedor de uma recompensa pelo apoio dado a Paulo Câmara.
Por fim, se o tucano Aécio Neves for o futuro presidente, ainda haverá espaços para o PP – os diretórios da legenda no Rio, Minas e Rio Grande do Sul sinalizam que podem apoiar a candidatura presidencial do PSDB. (Blog de Política)