Em visita ao Maranhão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez acenos ao governador do estado, Flávio Dino (PSB), e ao centro político. Uma das principais lideranças nacionais da agremiação socialista, Dino se filiou recentemente a sigla do governador Paulo Camara e tem o seu nome cogitado para disputar a Presidencia da República. Em um gesto direcionado ao aliado, o líder petista afirmou que Flávio tem”grandeza política e mirak” e merece “tudo que ele quiser ser no país”. Contudo, o ex-presidente fez questão de defender que as legendas do campo progressita precisam de diálogo e fazer um esforço para recuperar o País.
Em um esforço para reunir o centro político, Lula também se reuniu com representantes da família Sarney em sua passagem pelo Maranhão. Segundo ele, o seu esforço é de dialogar com o máximo de forças políticas para a construção de um projeto de oposição ao Governo Bolsonaro. “Eu não pergunto se a pessoa é de direita ou de esquerda. Eu pergunto primeiro se o cara é ser humano, se é civilizado, se está disposto a dialogar, aí eu converso”, afirmou.
O ex-presidente ainda criticou as articulações para a construção de uma terceira via nas eleições presidenciais para minar a polarização entre ele e Jair Bolsonaro. Segundo ele, a única polarização que existe no país atualmente é entre o facismo e a democracia.
“A única coisa que eu não aceito é a ideia de tentar criar uma terceira via para evitar a polarização entre dois extremos. Não tem dois extremos disputando as eleições no Brasil até agora. Não tem. Porque quando as pessoas se dirigem a polarização fala do Bolsonaro e fala da minha candidatura, ainda não sou candidato. Pois bem, na verdade, o que nós temos é a polarização entre o fascismo e a democracia. E quem gostar de democracia vai se juntar a nós. Quem quiser ser fascista, vai se juntar do lado de lá e aí tem que polarizar mesmo. Nós temos que debater, convencer a sociedade, nós temos que argumentar é esse o jogo que tem que ser feito”, afirmou.