O ambiente político no Estado ferveu, ontem, com as ameaças feitas pelo presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Antônio Campos, de que iria revelar o lado obscuro de Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos.
A ira do advogado, irmão de Eduardo, foi provocada pelas declarações do deputado João Campos (PSB), seu sobrinho e pré-candidato a prefeito do Recife, classificando-o de “um sujeito pior do que o ministro da Educação, Abraham Weintraub”, durante depoimento do ministro na Comissão de Educação da Câmara.
As comparações de Antônio ao titular da Educação foram recebidas pelo presidente da Fundaj como uma declaração de guerra. De imediato, o presidente da Fundaj, rompido com o núcleo central da família do irmão, informou que protocola petições à PGR, Polícia Federal e ao núcleo da operação Lava Jato, para tornar público tudo o que sabe sobre a Lava Jato em Pernambuco.
Diante das ameaças de Antônio Campos, o fato passa a ter, naturalmente, desdobramentos imprescindíveis na sucessão do prefeito Geraldo Júlio, reabrindo uma discussão que parecia adormecida – a operação Lava Jato. A pergunta que fica no ar é a seguinte: qual o arsenal que Campos tem em mãos para revelar, como ameaça, o chamado lado obscuro da viúva Renata Campos? (Magno Martins)