O papa Francisco se declarou, ontem (14), “chocado” com os atentados que cobriram Paris de luto, enquanto o Vaticano pediu que se evite o pânico, às vésperas do Jubileu de Roma.
“Estou chocado, não entendo estas coisas, feitas por seres humanos (…). Não há justificativa religiosa, nem humana. Não é humano”, disse o pontífice, em entrevista por telefone à emissora de televisão TG2000.
“Estou próximo dos familiares das vítimas e rezo por todos eles (…). Estou próximo de toda a França, à qual amo tanto”, acrescentou Francisco, com a voz fraca.
Pouco antes, o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, havia dito que os atentados de Paris constituíram “um ataque contra a paz de toda a humanidade” e requerem “uma resposta decisiva e solidária para se opor à disseminação do ódio assassino sob todas as suas formas”.
Em declarações à Rádio Vaticano, Lombardi tentou aplacar os temores de atentados durante o Jubileu da Misericórdia, que a partir de 8 de dezembro levará milhões de fiéis a Roma.
“Atenção! Estes assassinos, possuídos por um ódio insano, são chamados terroristas precisamente porque querem semear o terror. Se nos deixarmos atemorizar, terão conseguido seu primeiro objetivo”, disse Lombardi, que pediu para que se resista “com coragem à tentação do medo”.
“Obviamente, temos que ser prudentes e não ser irresponsáveis, tomar precauções razoáveis. Mas temos que continuar vivendo e construindo a paz e a confiança recíproca”, acrescentou.
Os atentados de Paris, que deixaram ao menos 150 mortos e 250 feridos, foram reivindicados pela organização jihadista Estado Islâmico. (AFP)