Na véspera do feriado de Páscoa havia rumores de que o Palácio estava buscando um nome que saísse do óbvio para a segunda vaga de senador na chapa de Paulo Câmara, uma vez que a primeira vaga esta pacificada que é de Jarbas Vasconcelos, que inclusive deverá oficializar a sua entrada no PSD ao longo desta semana devido a confusão envolvendo o MDB. Foram sondados alguns nomes como Janguiê Diniz, mas avançou muito a tese de Maurício Rands ser o nome que faltava para fechar a chapa de Paulo Câmara.
Rands tinha profunda relação com Eduardo Campos, sendo inclusive o seu nome preferido para disputar pelo PT a prefeitura do Recife em 2012, naquela confusão que acabou tirando João da Costa da disputa, indicando Humberto Costa e culminou na sua saída da política, inclusive com a sua renúncia ao mandato de deputado federal conquistado em 2010. Fora da política há seis anos, Rands circula no meio empresarial e no meio político com muita desenvoltura e poderia significar a unidade da Frente Popular no sentido de preterir outros nomes como André Ferreira, Eduardo da Fonte, Sebastião Oliveira e Humberto Costa que são lembrados para o posto.
O ex-deputado e ex-petista teve uma conversa na semana passada com o deputado federal Augusto Coutinho e o prefeito de Olinda, Professor Lupercio, e praticamente sacramentou a sua entrada no Solidariedade, um partido neutro que está bastante fortalecido junto ao governador Paulo Câmara, inviabilizando qualquer possibilidade de o partido rumar para a oposição.
Com a conta de Rands e Jarbas confirmada na chapa majoritária, ficaria a vaga de vice-governador em aberto, certamente para ser dada a alguém do Agreste ou do Sertão que oscilaria entre Odacy Amorim, caso seja do PT a indicação, José Queiroz do PDT ou Sebastião Oliveira do PR. O governador teria uma chapa eclética, leve e robusta para buscar a reeleição e jogaria a pressão para a oposição que até agora não sabe que rumo tomar para as eleições deste ano.