g1-PE – A prefeitura do Recife e o Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF) adotaram, hoje, medidas para desmobilizar acampamentos de bolsonaristas golpistas e inibir atos criminosos.
Ontem, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, em Brasília, foram invadidos e depredados por terroristas. Na madrugada de hoje, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a dissolução de acampamentos de bolsonaristas em todo o país.
De acordo com a determinação, essa desmobilização deve ser feita pela Polícia Militar (PM) dos estados, com apoio da Força Nacional e Polícia Federal (PF), se necessário. O prazo para o cumprimento da decisão é de 24 horas.
No Recife, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há golpistas em frente ao Comando Militar do Nordeste, na margem da BR-232, no bairro do Curado, na Zona Oeste da cidade. São, ao menos, 15 apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendendo pautas criminosas e antidemocráticas.
A prefeitura do Recife informou que criou um grupo, formado por equipes de segurança, controle urbano, limpeza e procuradoria, para discutir a desmobilização dos atos antidemocráticos na cidade.
“A prefeitura também está em contato com outros órgãos, incluindo o governo do estado, para colocar estas equipes à disposição no que cabe ao município”, afirmou a gestão do prefeito João Campos (PSB). A gestão de Raquel Lyra (PSDB) disse que a operação de desmobilização é realizada em conjunto com a PRF, a PF e as Forças Armadas.
O Ministério Público Federal em Pernambuco, por sua vez, requisitou à PF e à PRF que, nas próximas horas, “coloquem em ação força de trabalho suficiente para inibir e desmobilizar atos antidemocráticos em Pernambuco”. A requisição foi assinada pelos procuradores da República Alfredo Falcão Júnior e Rodolfo Ribeiro Lopes. Também foram requisitadas pelo MPF:
-
A identificação dos participantes dos atos criminosos, especialmente em frente ao Comando Militar do Nordeste, no Recife, ao 71º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Garanhuns, no Agreste, e em rodovias federais.
-
A instauração de inquéritos policiais para responsabilização das pessoas envolvidas.
-
Prisão em flagrante das pessoas que cometerem crimes desse tipo e que elas se tornem rés em ação penal.