O ex-diretor de inovação tecnológica da Hemobrás, Mozart Sales, descartou veemente, no final da tarde desta quarta-feira, o cometimento de qualquer ilícito. Sales afirma que prestou esclarecimentos à Polícia Federal na condição de testemunha. Não teve ordem de prisão em seus desfavor e apenas teve aparelhos de celular apreendidos.
Em seu depoimento, Mozart reforçou que todas as decisões administrativas tomadas nas licitações foram lastreadas em pareceres técnicos e jurídicos da estatal. “Entrei na Hemobrás em março deste ano de 2015 e priorizei a questão de armazenamento de plasma, por ser um material perecível e imprescindível para fabricação de diversos medicamentos e que se encontrava comprometido por falta de capacidade de armazenamento”, observou.
De acordo com Mozart Sales, vários hemocentros no País já haviam reportado o problema e era fundamental solucioná-lo o quanto antes. A seu favor, Mozart Sales salientou que todo o procedimento foi fruto de auditoria interna, recebeu parecer favorável da Advocacia Geral da União e também foi acompanhado pelo Tribunal de Contas da União. “Sem que qualquer um deles apontasse qualquer indício de favorecimento ou mesmo superfaturamento”, enfatizou.
Mozart Sales se disse tranquilo em relação ao Inquérito da Polícia Federal e de que estará à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários. Mozart ressalta ainda que também atuou no Ministério da Saúde não tendo nenhum fato que desabone sua conduta. (Magno Martins)