Depois de ser noticiado na imprensa, infelizmente, algumas pessoas desrespeitaram o momento triste da família e passaram a criticar e atacar Lula e até comemorar a morte do menino, ultrapassando limites de humanidade.
Padre Fábio de Melo resolveu escrever em três breves mensagens sobre a necessidade de ser solidário nesses momentos, independentemente das convicções partidárias e políticas das pessoas. Leia abaixo o relato.
Arthur Araújo Lula da Silva morreu aos 7 anos após a meningite meningocócica ter avançado em questão de horas: ele chegou no hospital às 7h20 e teve morte confirmada às 12h36.
Rapidamente, a notícia da morte da criança chegou às redes sociais. Enquanto algumas pessoas dedicaram mensagens de apoio à Lula e seus familiares, outras atacaram o presidente e até comemoraram a perda do neto.
Respeito mesmo com diferenças políticas
Diante de tantos comentários negativos, Padre Fábio de Melo relembrou que a condição humana não deve ser superada por diferenças pessoais ou políticas. No final, o que o sacerdote tenta nos lembrar é que a dor gerada pela morte de alguém, especialmente tão próximo, deve ser respeitada acima de qualquer coisa.
“Que as nossas diferenças políticas não nos privem da solidariedade que nos torna humanos. Uma criança está morta. Nada pode ser mais doloroso ao coração de uma família”, escreveu no Twitter. Ele ainda alertou para o fato de que é possível discordar de alguém sem que isso se transforme em “ódio pelo outro”.
“Deveria ser natural à condição humana poder discordar, contestar, protestar, tomar partido, sem que isso se transformasse em ódio pelo outro, satisfação em ver nele os desdobramentos naturais da finitude que é de todos nós.”
Padre Fábio de Melo ainda lembrou de uma ocasião em que viu dois adversários políticos sobreporem suas diferenças quando o filho de um deles morreu, dando exemplo de empatia e amor ao próximo.
“Quando eu morava em Terra Boa, PR, vi uma cena que nunca mais esqueci. O filho do prefeito morreu num acidente. O inimigo político, que há anos lhe fazia acirrada oposição, entrou na casa e encontrou o prefeito ao lado do filho morto. Choraram juntos num abraço prolongado.”
No Instagram, ele ainda acrescentou à mensagem: “Não permitamos que a desumanização encontre terreno fértil para crescer em nós”. (Vix)