Diário de Pernambuco – Geninha da Rosa Borges, grande dama do teatro pernambucano, faleceu em sua casa, no Recife, na tarde de ontem (23), dois dias após seu aniversário de 100 anos, terça-feira (21). De acordo com o filho Breno, a mãe já estava apresentando problemas respiratórios.
Maria Eugênia Franco de Sá da Rosa Borges nasceu no Recife, em 21 de junho de 1922. Geninha foi convidada pelo médico e dramaturgo Valdemar de Oliveira para fazer parte do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP) e fez sua estreia como atriz no espetáculo Noite de Estrelas. Em 1946, casou-se com o irmão da esposa dele, Otávio da Rosa Borges.
Logo tornou-se uma das mais elogiadas atrizes de Pernambuco. Deu vida a mais de 50 espetáculos no TAP, de 1941 a 2007, além de ter dirigido mais de 20 peças. De formação eclética, a atriz ficou conhecida pela habilidade para desempenhar os mais variados papeis, da comédia ao drama. Um dos seus trabalhos mais icônicos foi a peça Um sábado em 30, de Luiz Marinho e ambientada durante a Revolução de 1930, que culminou no golpe de estado que levou Getúlio Vargas à presidência da República.
Com mais de 80 anos de carreira, participou também do cinema, tendo marcado presença no clássico pernambucano O baile perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, e de novelas, como Da cor do pecado, em 2004, e A favorita, em 2008. A atriz, que era viúva, deixa quatro filhos, além de uma das histórias e carreiras mais antológicas da arte pernambucana.