As histórias de dois personagens centrais da Operação Turbulência se cruzam em um dos principais destinos turísticos de Pernambuco: a praia de Tamandaré, no litoral sul do estado, a 109 quilômetros do Recife. Foi lá que o empresário Paulo César Morato, achado morto no dia 22 de junho, em um motel de Olinda, no Grande Recife, passou quase 20 anos de uma vida que, segundo amigos e antigos vizinhos, era simples e sem exageros.
Bem diferente do luxo ostentado pelo empresário Eduardo Freire Bezerra Leite, conhecido como Ventola, dono de um casarão de veraneio numa área isolada na praia de Boca da Barra. Leite e mais outros três investigados pela Polícia Federal estão presos desde o dia 21 de junho, no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.
Histórias de vida separadas por menos de cinco quilômetros de distância e unidas por um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de ter movimentado em torno de R$ 600 milhões e que pode ter financiado a campanha política do ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo dois anos atrás.
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