O fato dos humanos serem os únicos mamíferos que tomam leite de outra espécie e, que mantêm essa ingestão após o desmame, tem levantado questionamentos a respeito de seu consumo na idade adulta, já que muitos consideram essa prática algo não “natural”. Entretanto, torna-se difícil a manutenção do aporte adequado de alguns micronutrientes essenciais com a exclusão dos alimentos lácteos da dieta, podendo resultar em uma nutrição inadequada.
O NHANES 2003-2006 acompanhou por dois anos cerca 17.000 indivíduos e avaliou o impacto da adição ou remoção de uma porção de laticínios, remoção de todos os laticínios e a substituição destes por alimentos fontes de cálcio não lácteas. O estudo concluiu que, embora seja possível atingir a ingestão recomendada de cálcio sem o consumo de leite e derivados, devido ao comprometimento no perfil de macronutrientes (proteínas) e micronutrientes (vitamina A, vitaminas B2 e B12, potássio, fosforo e magnésio), os alimentos não lácteos não se revelaram substitutos nutricionalmente equivalentes ao leite e seus derivados.
Continua…
Além disso, devido às quantidades envolvidas, o consumo de porções similares de cálcio oriundas de algumas fontes não lácteas não se mostrou factível. Embora o consumo de leite seja preconizado por órgãos e sociedades que versem sobre alimentação e nutrição em âmbito nacional e internacional, ainda há alguns mitos acerca de sua ingestão.
O consumo de leite pela população adulta