G1
A comitiva brasileira de ajuda ao Líbano chegou a Beirute nesta quinta-feira (13). Chefiada pelo ex-presidente Michel Temer e composta por mais 12 integrantes, ela levou alimentos, medicamentos e insumos básicos de saúde ao país do Oriente Médio em decorrência da grande explosão ocorrida ali na semana passada.
O incidente deixou mais de 150 mortos e mais de 4 mil feridos no último dia 4. Uma onda de protestos teve início no país depois do incidente, o que que resultou na renúncia do primeiro-ministro, Hassan Diab, e da equipe de governo, nesta segunda.
Antes de partir, em São Paulo, Temer afirmou ter ficado emocionado ao receber ligação, ainda no sábado, com o convite para chefiar a missão brasileira.
“Sigo para lá com essa comissão integrada […] na convicção de que lá nós seremos muito bem recebidos e todos lá desejosos de que o Brasil possa exercitar não apenas essa função humanitária, mas, tendo em vista os vínculos tradicionais entre ambos os países, que também possa ajudar a solucionar os embates políticos, com autorização, naturalmente, das autoridades libanesas, mas que possamos dar a nossa colaboração para a pacificação interna daquele país”, declarou Temer.Militares brasileiros levaram ajuda ao Líbano — Foto: Ministério da Defesa/Divulgação
Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) seguiram para Beirute. Um deles levou a comitiva, e o outro carrega seis toneladas de alimentos, medicamentos e insumos hospitalares, incluindo corticoides, antibióticos, 100 mil máscaras cirúrgicas e respiradores mecânicos.
As aeronaves fizeram três paradas técnicas: a primeira foi em Fortaleza (CE); a segunda, na Ilha do Sal, em Cabo Verde; por último, em Valência, na Espanha, de onde partiu para Beirute.
Missão com 13 integrantes
De acordo com publicação em edição extra do “Diário Oficial da União” da última segunda-feira (10), a missão começou nesta quarta-feira e segue até o próximo sábado (15), podendo ser prorrogada a permanência das autoridades brasileiras, se necessário.
O nome de Michel Temer como chefe da delegação foi anunciado por Bolsonaro no domingo, mesmo dia em que ele divulgou a missão oficial. Réu em duas ações da operação Lava Jato, o ex-presidente precisou de autorização da Justiça Federal do Rio para deixar o país. O aval foi concedido na segunda, graças à “natureza humanitária da missão oficial” para qual Temer foi designado.
A comitiva é composta por 13 integrantes:
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Michel Temer, ex-presidente da República;
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Nelsinho Trad (PSD-MS), senador;
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Luiz Osvaldo Pastore (MDB-ES), senador;
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Flávio Augusto Viana Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência da República;
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Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega, secretário de Negociações Bilaterais no Oriente Médio, Europa e África do Ministério das Relações Exteriores;
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Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira, representante do Exército Brasileiro;
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Paulo Antônio Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e de ascendência libanesa;
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Elson Mouco Junior, publicitário do MDB e ex-assessor de Temer;
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Michael Pereira Flores;
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Ronaldo da Silva Fernandes;
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Luciano Ferreira da Sousa;
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Sebastião Ruiz Silveira Junior;
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Marcelo Ribeiro Haddad.