Ministro do TSE determina volta de ala pró-PT ao comando do Pros

Por Julia Duailibi/g1 – O ministro Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que Eurípedes Júnior volte ao cargo de presidente do Pros. Júnior é da ala que fechou acordo para apoiar a chapa Lula-Alckmin já no primeiro turno nas eleições de outubro.
Pela legislação eleitoral, esta sexta (5) é o último dia de prazo para que os partidos façam convenções e indiquem seus candidatos.
No domingo (31), já houve uma convenção nacional do Pros, sob comando de Marcus Holanda. O partido indicou Pablo Marçal como candidato à Presidência.
O Pros deve realizar nova convenção ainda nesta sexta.

Imbróglio jurídico

É mais uma etapa de uma disputa jurídica que se acirrou nos últimos dias.
Em março, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal afastou Eurípedes Júnior da presidência do Pros em razão de suposto desvio de recursos. O partido passou a ser comandado por Holanda.
No domingo, horas após a convenção, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Jorge Mussi devolveu a presidência da sigla a Eurípedes Júnior até que o Tribunal de Justiça do DF termine de julgar o processo que envolve a gestão dele no Pros.
Na quarta (3), três dias após retomar o controle do Pros, Eurípedes Júnior se reuniu em São Paulo com o candidato a vice-presidente da chapa encabeçada por Lula, Geraldo Alckmin (PSB), e com o coordenador do programa de governo da chapa, Aloizio Mercadante.
No encontro, Júnior declarou apoio à candidatura PT-PSB e se comprometeu a reverter a formalização da candidatura de Pablo Marçal. Segundo nota divulgada pela equipe de Mercadante, a comitiva restituída do Pros sugeriu a Alckmin e Mercadante a inclusão de um programa de auxílio a endividados nos planos de governo da chapa. Desde a fundação do partido, em 2010, o Pros nunca lançou candidato próprio ao Planalto. A sigla sempre esteve ao lado do PT nas campanhas presidenciais.
Na mesma quarta, a Justiça devolveu o cargo de presidente do Pros a Marcus Holanda. O ministro Antônio Carlos Ferreira, do STJ, considerou que não era de competência do tribunall analisar o pedido de Eurípedes Júnior, pois ainda há recursos a serem analisados em 2ª instância na Justiça do Distrito Federal.
Eurípedes, então, entrou na Justiça novamente e obteve decisão favorável de Ricardo Lewandowski.