A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa as empresas exportadores do setor, afirmou que “a legislação sanitária brasileira é uma das mais exigentes do mundo e que o setor é inflexível em relação a proibir a comercialização de produtos de origem animal que apresentem riscos à saúde humana”.
Normas mais rígidas
Tereza confirmou que o nível de salmonela, nos produtos devolvidos por essa razão, estava acima dos permitidos pelo protocolo do Reino Unido. As normas da União Europeia de controle da salmonela são mais rígidas do que as brasileiras (leia mais aqui).
Tereza destacou que a presença de salmonela não coloca em risco a saúde do consumidor porque a bactéria morre se o frango for cozido, frito ou assado. “Se você cozinhar, fritar ou assar não tem problema nenhum. As salmonelas existem, não tem problema nenhum. É um desserviço”, disse.
A ministra afirmou ainda que o produto devolvido é uma parcela muito pequena e que nenhuma empresa colocaria em risco a sua marca para vender 1,4 mil toneladas de frango se a carne não tivesse qualidade. Maior exportador da carne no mundo, o Brasil envia, em média, 337 mil toneladas de frango por mês para o exterior.
No entanto, em fevereiro deste ano, a BRF decidiu convocar um recall de 164,7 toneladas de frango da Perdigão no Brasil, devido ao risco de contaminação por salmonela. Os produtos tinham sido comercializados em 13 estados.
Outras 299,6 toneladas que seriam exportadas também foram recolhidas por precaução, informou a empresa na época.