Blog da Folha
“Não rompemos com o governo federal”, afirmou o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, após o seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) ter entregado o cargo de líder do governo Jair Bolsonaro (PL ). Durante um café da manhã com a imprensa, ontem, o gestor, que é pré-candidato ao Governo do Estado pelo DEM, evitou falar sobre o futuro do senador emedebista, mas garantiu que seus irmãos, o deputado federal Fernando Filho e o deputado estadual Antônio Coelho, ambos do DEM, vão concorrer à reeleição.
União das oposições
Com uma eleição estadual na mira, Miguel demonstrou que não conta com a candidatura do prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), e afirmou que tem mantido diálogo com a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), que também tem nome cotado para concorrer ao Palácio. Na semana passada, durante evento do movimento Levanta Pernambuco, a tucana chegou a assegurar que não tem conversado com o democrata. Os dois prefeitos romperam as conversas após Miguel lançar sua pré-candidatura.
Confiança no projeto eleitoral
O prefeito, que já anunciou que já está escrevendo seu plano de governo, pregou a unidade da oposição e ressaltou que o grupo vai à mesa em janeiro. Segundo ele, é inviável a oposição ter mais de duas candidaturas.
“No momento oportuno, a gente vai definir se é melhor ter uma candidatura, se é melhor que duas candidaturas”, disse. “Independente de ter a conversa ou não, o nosso projeto continua muito perene, muito firme, muito constante. As novas adesões reforçam isso, não é só uma coisa de ímpeto pessoal, mas é muito mais de um coletivo que a gente hoje passa a representar”, acrescentou.
Na ocasião, Miguel Coelho não deixou claro quem será seu candidato a presidente, porém, não descartou que o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos) pode ser uma opção, já que o Podemos é um partido aliado do prefeito. Contudo, ele ponderou que o cenário nacional ainda é incerto. ”A gente tem que centrar as nossas energias e construir o palanque mais amplo possível, tanto na política estadual, mas também na política nacional. Nós não queremos ter um palanque de exclusividade com nenhum candidato a presidente”, reforçou o prefeito de Petrolina.