Carlos Britto/Folha de Pernambuco
O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), está com um pé no acelerador como nunca. A cada visita ao Recife, ou a prefeitos do interior, o jovem prefeito chega a sua cidade mais animado. Já há quem diga que o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), já aceita ser o senador em sua chapa e que a próxima conversa já será com tratativas mais reais com a prefeita de Caruaru Raquel Lyra (PSDB), que poderia indicar o vice. Só os inocentes acreditam que ela mesmo largaria a prefeitura para essa missão.
Miguel já avaliou os cenários e está disposto a enfrentar as consequências e correr os riscos. Tem um vice de sua inteira confiança, escolhido a dedo, e não deve ter decepções nesse sentido. Uma vez renunciando ao seu segundo mandato e se o projeto não for exitoso, pode ficar cerca de quatro anos e oito meses sem mandato. E a conta é simples: se for mesmo para o jogo terá que renunciar em abril de 2022 para cumprir a legislação.
Ganhando ou perdendo, estará sem mandato até dezembro do ano que vem.
Como já foi reeleito não pode ser candidato a prefeito de Petrolina nas próximas eleições e teria que aguardar um cargo em qualquer governo para estar em evidência. Na verdade, essa regra vale para Miguel, Anderson e Raquel, que já foram reeleitos. É ousar ou estagnar.
Miguel acredita que pode ser a novidade da eleição e não teme nem o conhecimento e experiência Marília Arraes (PT), que ainda pode ser candidata da legenda, embora seja um acontecimento cada dia mais incerto pelas alianças em prol de uma candidatura presidencial de Lula.
O PT vai fechar os olhos e apostar tudo nessa perspectiva e não fará qualquer obstáculo estadual para este fim. Façam suas apostas.