Os médicos residentes de Pernambuco deflagraram greve geral por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira, em adesão ao Movimento Nacional dos Médicos Residentes. Os residentes informaram que 30% dos serviços de emergência serão preservados.
A categoria se reúne em assembleia geral esta manhã, na Associação Médica de Pernambuco (AMPE), para avaliação e apresentação do cronograma do movimento. Em seguida será realizada uma caminhada até o Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape) com objetivo de chamar a atenção das autoridades sobre os problemas da saúde e pedir o apoio da população.
A classe reivindica melhorias para os serviços de saúde do país e qualidade na formação. A greve foi deliberada em assembleia geral da categoria realizada no dia 30 de novembro, no Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). O movimento denuncia e cobra o fim das condições precárias de atendimento oferecidas aos pacientes, da escassez de medicamentos, equipamentos e insumos, da superlotação e da desvalorização da residência médica.
A greve nacional foi decidida pela Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), depois de uma reunião com os representantes de várias unidades federativas e diante dos resultados das assembleias locais e estaduais do país. Manifestações estão sendo realizadas em todos os estados, nos hospitais em que atuem médicos residentes.
A classe pede ainda o aumento da representação das entidades médicas na composição da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e fim da câmara recursal e a fiscalização imediata de todos os programas de residência do país para garantir a qualidade antes da abertura de novas vagas. De acordo com a Federação Nacional dos Médicos de Pernambuco (FENAM-PE) a residência médica representa um projeto de união entre saúde e educação e não é desejo da categoria manter a paralisação por um período longo. (Diário de Pernambuco)