Médicos e pacientes portadores da hipertensão pulmonar pedem a revisão do protocolo nacional de tratamento da doença. Classificada como rara, a hipertensão pulmonar é grave, sem cura e acomete em torno de 60 mil pessoas no Brasil e 25 milhões no mundo.
Segundo especialistas, uma das formas mais eficazes de tratamento da doença é o uso combinado de diferentes medicamentos. No entanto, o protocolo vigente no país, editado pelo Ministério da Saúde em 2014, dá ao paciente o direito de usar apenas um medicamento por vez, impedindo a realização da chamada terapia combinada e a adoção de opções terapêuticas mais eficazes.
Em audiência pública realizada ontem (8) na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, médicos e familiares de pacientes argumentaram que a proibição restringe as possibilidades de sobrevivência dos pacientes.
“Não é possível tratar o problema com medicação exclusiva (…). A revisão do protocolo é essencial para o bom cuidado dos nossos pacientes”, disse Verônica Amado, pneumologista da Universidade de Brasília e integrante da Comissão de Circulação Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
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