Representantes do Ministério da Educação aproveitaram a divulgação dos dados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) por escola nesta terça-feira (4) para rebater críticas sobre a proposta de reforma do ensino médio, anunciada pelo governo no último mês e hoje em análise no Congresso.
Os dados mostram que escolas com mais alunos de maior nível socioeconômico – indicador que considera escolaridade dos pais, posse de bens e contratação de serviços- apresentam médias maiores no Enem do que aquelas com mais alunos de nível mais baixo.
“Do grupo alto para o médio há uma diferença de 100 pontos, que é muito grande e quase absurda”, afirmou a secretária-executiva da pasta, Maria Helena Guimarães.
“Ter mais de 100 pontos de diferença revela a enorme desigualdade no ensino médio. Muitos alegam que a reforma vai aumentar a desigualdade, mas ao contrário, ela vai promover maior equidade ao sistema. Os alunos dos estratos inferiores de renda nem se inscrevem para fazer o Enem. Que igualdade é essa?”, afirmou, em uma tentativa de rebater as críticas sobre a proposta de flexibilizar o modelo atual do ensino médio.
Continua…